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Ponte Aérea

  • José Tabacow
  • 8 de ago. de 2019
  • 1 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2020



Da Série Causos Paisagísticos:

Num avião da Ponte Aérea estamos Burle Marx e eu a caminho de São Paulo.

Sai um passageiro do banheiro da frente e vem andando pelo corredor quando, subitamente, percebe Roberto, abre os braços e inicia um discurso em alta voz:

- Nossa mãe! Que prazer estar viajando com o Sr.! Quanta honra!

E Roberto, um pouco incomodado com aquela pirotecnia:

- Ahn! Muito obrigado.

E o cara continua:

- Tenho uma admiração enorme pelo Sr.!

E Roberto:

- Ahnnn! Bondade sua!

E então o cara arremata o discurso:

- Eu li todos os seus livros!

O paisagista, irritado, franze o cenho:

- Eu não sou Jorge Amado.

O passageiro fica perplexo:

- Não é? Mas... Então quem é o Sr.?

- Roberto Burle Marx

Ainda surpreso, o inoportuno se recompõe:

- Ah, sim! Eu gosto de todos os seus jardins!

E, entre os sorrisos dos circundantes, segue voltando para sua poltrona, sem perder a pose.


 
 
 

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